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Exposição "Festa, Baia, Gira, Cura" chega aos últimos dias no Dragão do Mar
A Mostra, que destaca as religiões de matrizes afroindígenas no Ceará, segue com visitações gratuitas até domingo (11), no Museu da Cultura Cearense (MCC).
07/02/24 às 12h42

Foto: Ana Raquel S

 

     Museu da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) que integra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), o Museu da Cultura Cearense (MCC) encerra neste domingo (11) a exposição "Festa, Baia, Gira, Cura", fruto de 20 anos de pesquisa do antropólogo Jean dos Anjos, que conduz o público a uma imersão pela história das festas da umbanda e do candomblé no Ceará, com destaque para o terreiro de Umbanda e Candomblé Cabana do Preto Velho da Mata Escura | Ilé Àse Ojú Oya, localizado no bairro Bom Jardim, que celebra, em 2024, 40 anos de atuação. Com curadoria de Marília Oliveira e Rafael Escócio, o acervo reúne fotografias, documentos, imagens, esculturas, indumentárias, instalações, mural e intervenções artísticas. A mostra pode ser visitada gratuitamente, de quarta a sexta, das 9h às 18h (com acesso até as 17h30), e, excepcionalmente neste final de semana do feriadão de Carnaval, dias 10 e 11, das 14h às 18h (com acesso até as 17h30).

 


Sobre a exposição
 

     Em cartaz desde setembro de 2023, com quase 25 mil visitantes desde sua abertura, a exposição convida o público a conhecer mais sobre o universo das religiões de matriz afroindígenas. "A visibilidade da exposição foi importante tanto para nós, fortalezenses, como para o público turista, porque mostra que temos cultura de terreiro, além de subverter a invisibilidade", comenta o artista Jean dos Anjos.

    "Festa, Baia, Gira, Cura" nasce a partir da historicização do terreiro homenageado. O título surge a partir de elementos primordiais nas celebrações afroameríndias e das vivências do pesquisador. Compreendendo "Festa" como condição de sociabilidade humana, são apresentadas fotografias e materialidades das festas e rituais do terreiro, com enfoque especial para a festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exu, a qual ele acompanha desde 2013. Dividida em quatro núcleos, a exposição mostra a riqueza da cultura dos terreiros, bem como a resistência dos povos de terreiros na busca pela preservação da memória da umbanda e do candomblé, bem como a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso. 


 

Sobre o artista


    Jean dos Anjos, nascido e criado em Fortaleza, Ceará, é antropólogo, fotógrafo e macumbeiro. Doutorando em Sociologia pelo PPGSociologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Realizou exposições individuais e coletivas no Ceará, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina entre outros estados brasileiros. Premiado no Salão de Abril, em 2016 e 2023. Selecionado para o Prêmio Pierre Verger da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) da qual é membro. Participou da Temporada Formativa do Laboratório de Artes Visuais da Escola Porto Iracema das Artes, em 2019. É pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem (LAI/UFC).




Sobre os curadores

 

     Marília Oliveira é cearense de São Benedito, interessada em autoficção, memória, narrativa, imagem e palavra. Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente pesquisa imagem e imaginação, fabulação crítica, o visível e o invisível na imagem fotográfica. É integrante do Descoletivo, coletivo de fotografia, e do FrestaLab,  selo independente de edição de fotolivros e fotozines. Tem quatro fotolivros publicados, três deles em parceria com Régis Amora, pelo Descoletivo. Participou de exposições coletivas e mostras no Brasil, na França, em Portugal e na Espanha. Em 2022, participou da residência Mira Latina LAB, da residência com Eustáquio Neves em seu ateliê AEN, do Programa de Residências e Intercâmbios do Porto Dragão e do Ateliê de Criação do MIS-CE, além de integrar a coletiva Imaginários Queer, no Museu de Bellas Artes de Xátiva, na Espanha, e de lançar a Revista NERVA, da qual foi curadora e idealizadora. Em 2023, realizou sua terceira exposição individual, "Elas chegam pelo mar", parte de sua pesquisa de doutorado, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), projeto selecionado na Temporada de Artes Visuais, ação da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (Rece) da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE) em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM).

     Rafael Escócio é pesquisador e curador. Licenciado em Artes Visuais pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE). Atuou como coordenador do Núcleo Educativo do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) entre 2021 e 2023. Realizou a cocuradoria das exposições "Das águas que tudo arrastam..." (2021), Terraplanagem (2018), e Bem Me Quer Mal Me Quer - Cartografias de Si (2018). Foi contemplado nos editais Arte Caucaia - Edital de Premiação de Artistas e Grupos Culturais (2021) e Edital das Artes de Fortaleza/Secultfor(2016). Atualmente vive e trabalha em Fortaleza/CE.


 

Serviço: Encerramento da exposição "Festa, Baia, Gira, Cura", de Jean dos Anjos, com curadoria de Marília Oliveira e Rafael Escócio
Data: 11 de fevereiro de 2024 (domingo)
Horários: De quarta (7) a sexta (9), das 9h às 18h (com acesso até as 17h30), e no sábado (10) e domingo (11) das 14h às 18h (com acesso até as 17h30).
Local: Museu da Cultura Cearense (MCC), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema)
Acesso gratuito e livre.
Mais informações: (85) 3488.8624 ou http://www.dragaodomar.org.br

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